Promotor
Lavrar o Mar Cooperativa Cultural Crl.
Sinopse
“Paraíso” são três jantares que são também três espectáculos de dança, música e alimento. Alimento para o pensamento. Porque ansiamos que um mesmo público volte em cada noite para se alimentar de novo, estes três jantares na terra de Sabóia, serão únicos, sempre diferentes, mas ligados entre si. Será do seu conjunto que sairá a impressão de como vivemos em plena zona de torrencialidade.
São três noites atravessadas e envolvidas por uma só energia, o rio. O rio sempre a correr como elo de união que tudo liga e que avança sempre nas direcções do seu futuro próximo, o próximo espectáculo. Esse correr da água, vai mudando, vai transformando elementos que saltam de uma noite para outra, levando-os em cada jantar a outros fluxos e lugares.
Vamos dançar sempre, para oferecer a sensação de uma terra movediça que não se instala e não sossega. É o servir da refeição que traz o rio sempre à superfície, falar-se-á perto das pessoas e vai haver música, sons e canto que inundam o espaço de sentidos atravessados de contradição, mas também de mutualidade, de hospitalidade, simbiose e parceria. Estaremos todos em relação com o alimento, com o pensamento, com a acção e o som. Como se estivéssemos à mesa de uma grande mesa que não existe.
“Paraíso” é uma ideia de Madalena Victorino que surgiu a propósito da realização do colóquio “Águas Gémeas”, integrando assim a sua programação, assim como da “Noite das Ideias”, organizada pelo Institut Français du Portugal.
01 OUT 2023
Terceiro Jantar
ÁGUAS TURVAS
Lavar as encostas, levar as encostas, encostar-se. Entrar em parceria e em associação não estável. Flutuar em função das circunstâncias. Fundir-se. Estar de costas. Parar, pairar, turvar, silenciar. Calar os pensamentos, as imagens, as maledicências, a superficialidade. As palavras serão como as partes do dia que turvam, surgem inacabadas, encobrem e revelam.
Deixar algo no prato, para declinar a gula, mostrar a contenção. O banquete que se consome. A beleza do transitório. Haverá mais pessoas e menos comida.
Fome, flores, dor, excessiva realidade. Das chuvas pluviais nascem mínimas plantas que salvam da ruína. Eis o contrário da guerra: regar e regar é uma vitória.
Ficha Artística
Uma ideia de Madalena Victorino CRIAÇÃO, DRAMATURGIA E COREOGRAFIA
/Música original Nuno Salvado /Excertos de texto Afonso Cruz
/Em cocriação com Maria Ramos COREOGRAFIA, Ana Carvalho e Mariana Canha CRIAÇÃO DA NUTRIÇÃO DO PARAÍSO, Nuno Salvado e Inês Pereira CRIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO MUSICAL, Carolina Sendim, Noy Yona, Pedro Matias DANÇA, Inderjeet Singh, Johannes Krieger, Sheila Kamayd MÚSICOS, Sónia Barradas PALAVRA, Caetana Coutinho, Inês Coutinho, Janik Brück, Nana Brück, Paul Brück, Afonso Kamayd PARTICIPAÇÃO ESPECIAL, Grupo Etnográfico de Santa Clara-a-Velha: Adelina Maria, Adília Pereira, Alice Alves, António Perpéto, Armando Francisco, Conceição Dias, Dinas Silva, Idalina Abílio, Inácia Felicidade, José Nobre, José Simão Guerreiro, José Ventura, Manuel Duarte, Natércia Silva, Noémia Perpéto, Odália Gonçalves, sob a direcção de Odete Oliveira INTERPRETAÇÃO
/Direcção Técnica e Desenho de Luz Joaquim Madaíl /Técnica Olivier Vincent /Produção Lavrar o Mar /Apoio à Produção Patrícia Santos e Manuel Cheta
Preços